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Fogos de artifício podem fazer mal à saúde? Veja como se proteger!

Grupo de pessoas observa fogos de artifício iluminando o céu noturno, com explosões coloridas ao fundo.

Os fogos de artifício fazem parte das celebrações brasileiras há décadas, eles iluminam o céu em festas de Réveillon, marcam vitórias esportivas, integram tradições juninas e acompanham eventos religiosos. Pela beleza das cores e pelo simbolismo festivo, muitas pessoas naturalizam o seu uso. Porém, apesar de populares, esses artefatos representam riscos concretos à saúde humana, ao bem-estar animal e ao meio ambiente.

Embora pareçam inofensivos quando vistos de longe, os fogos de artifício combinam combustão, explosão e emissão de ruídos extremamente intensos. Essa combinação pode causar queimaduras graves, amputações, danos auditivos, crises epilépticas, ataques de pânico, prejuízos ambientais e até incêndios. E, os impactos não afetam somente quem está próximo, o barulho pode prejudicar pessoas e animais a quilômetros de distância.

Este post reúne as principais informações sobre os perigos dos fogos de artifício, explica como eles podem afetar a saúde e traz orientações práticas para evitar acidentes.

O que são fogos de artifício e por que são tão perigosos?

Os fogos de artifício são dispositivos pirotécnicos criados para produzir luz, explosões e efeitos visuais por meio da queima controlada de substâncias químicas. Geralmente compostos por pólvora, reagentes metálicos e compostos oxidantes, eles funcionam a partir de uma reação rápida que libera grandes quantidades de energia.

Fogos de artifício estourando intensamente no céu, formando padrões amplos e luminosos durante uma celebração.

Essa energia se manifesta na forma de calor intenso, expansão de gases e ruídos extremamente altos, o que torna seu uso potencialmente perigoso. E, mesmo quando manipulados de acordo com as instruções, esses artefatos operam em condições que ultrapassam limites seguros de temperatura e pressão.

Além da composição inflamável, os fogos carregam um risco significativo porque dependem de uma ignição precisa. Qualquer falha no pavio, desvio na trajetória ou erro de cálculo pode transformar um artefato festivo em uma ameaça real. A reação explosiva pode ocorrer antes do previsto, direcionar fragmentos incandescentes para o corpo ou gerar estampidos capazes de causar danos auditivos imediatos.

Outro ponto crítico é o ruído extremo produzido durante a explosão. Os sons emitidos pelos fogos frequentemente ultrapassam 120 decibéis, e alguns chegam a mais de 150 dB. Barulhos tão intensos podem causar trauma acústico instantâneo, zumbido persistente, sensação de ouvido tapado e até perda auditiva permanente. Por isso, entender como esses dispositivos funcionam e reconhecer seus riscos é fundamental para reduzir acidentes e proteger a saúde.

Principais riscos dos fogos de artifício

Agora que você já entende o que são os fogos de artifício e por que representam tantos perigos, é importante conhecer também os principais riscos associados ao seu uso. Esses perigos começam no momento do manuseio, mas vão muito além, veja os principais:

Queimaduras e acidentes graves

A queimadura é o acidente mais comum envolvendo fogos de artifício. Segundo dados do SUS, entre 2019 e 2022 houve mais de 1,5 mil internações relacionadas ao uso de fogos. Isso representa uma média de uma internação por dia. Os fogos podem atingir temperaturas próximas de 1.000°C, incluindo artefatos considerados “inofensivos”, como as estrelinhas. Esse calor extremo pode provocar queimaduras profundas em mãos, braços, rosto e olhos.

Profissional de saúde com luvas examina o braço de uma pessoa com queimadura avermelhada na pele.

Além disso, quando uma explosão ocorre antes do tempo esperado ou próximo demais do corpo, há risco de mutilações, cortes severos e amputações. Estatísticas apontam que cerca de 10% das pessoas que manipulam fogos sofrem amputações, principalmente de dedos e mãos.

Lesões oculares

A força da explosão e o calor podem provocar diferentes tipos de lesões oculares, que vão desde irritações superficiais até danos graves. Entre as consequências mais comuns estão queimaduras de córnea, lacerações nos tecidos oculares e até perda parcial ou total da visão.

Esses riscos se agravam ainda mais entre crianças, que costumam desconhecer os perigos e se aproximam dos fogos com curiosidade. Durante o período das festas juninas, por exemplo, mais de 80% dos atendimentos emergenciais relacionados a queimaduras com fogos envolvem crianças, evidenciando o quanto esse público é vulnerável e necessita de supervisão constante.

Trauma acústico e danos auditivos

O barulho dos fogos de artifício é uma das maiores preocupações, já que esses artefatos podem ultrapassar 120 dB e alcançar até 150 dB em algumas situações, níveis muito acima do limite seguro de exposição, que é de 85 dB. Para entender a diferença, uma conversa normal gira em torno de 60 dB, o trânsito intenso chega a 90 dB e um show de rock pode alcançar 110 dB, enquanto os fogos superam facilmente todos esses exemplos.

E, quando uma pessoa é exposta a um som tão intenso, os danos auditivos podem ocorrer em menos de um segundo, causando desde desconforto imediato até prejuízos graves. Entre as consequências mais sérias está a possibilidade de trauma acústico, que pode desencadear perda auditiva temporária ou permanente, dependendo da intensidade do ruído e da proximidade da explosão. Em situações ainda mais graves, o impacto sonoro pode levar à surdez súbita, um quadro emergencial que exige atendimento médico imediato para reduzir o risco de sequelas permanentes.

“Falamos de trauma acústico quando a pessoa é exposta a um som forte e abrupto. Os primeiros sintomas são dificuldade de escutar os sons do ambiente (principalmente os agudos) e pessoas falando, como se o ouvido estivesse tampado. Zumbido e tontura também estão entre os sinais comuns”

Cristina Batista, especialista em audiologia

Ademais, é válido ressaltar que, mesmo quando a perda auditiva não é imediata, o corpo envia sinais claros de que houve trauma. A pessoa pode perceber zumbido constante, caracterizado por chiado, apito ou buzina, mesmo sem estímulo sonoro externo; sensação de ouvido tapado, que dificulta a compreensão da fala e tende a surgir logo após a exposição ao barulho intenso; além de outros sinais como pressão nos ouvidos, tontura, dor de cabeça, sensibilidade exacerbada ao som, estalos internos e dificuldade para ouvir sons agudos.

Danos ao meio ambiente

Os fogos emitem na atmosfera partículas tóxicas provenientes da queima de metais pesados e gases poluentes, que se espalham rapidamente e agravam a qualidade do ar. Esses resíduos também podem se depositar no solo e na água, comprometendo ecossistemas e oferecendo riscos a animais e seres humanos. Além disso, o contato com materiais inflamáveis e a queda de faíscas aumentam significativamente o risco de incêndios em áreas urbanas e rurais, especialmente em períodos de clima seco.

Ademais, mesmo as versões ditas silenciosas dos fogos reduzem apenas o impacto sonoro, mas continuam liberando substâncias prejudiciais ao ambiente. Ou seja, trata-se de um impacto ambiental amplo que não pode ser evitado e que envolve danos duradouros ao equilíbrio natural.

Como se proteger dos perigos dos fogos de artifício?

Embora a recomendação mais segura seja não utilizar fogos, muitas famílias ainda mantêm essa tradição, por isso, adotar medidas de proteção é essencial para reduzir os riscos. Sendo assim, siga corretamente as orientações da embalagem, jamais utilize fogos caseiros, evite que crianças manipulem ou se aproximem dos artefatos e sempre acione os fogos em áreas abertas, longe de redes elétricas e edificações. Além disso, utilize suportes fixos para acender rojões, mantenha água ou extintor por perto e jamais tente reacender fogos que falharam.

Outrossim, a proteção auditiva é outra prioridade. Dessa forma, quem estiver em locais onde fogos serão utilizados deve usar protetores auriculares; manter distância mínima de 15 metros da explosão, aumentando para 50 metros no caso de crianças; e evitar ambientes fechados que potencializam o som. E, pessoas que usam aparelhos auditivos devem ajustá-los para reduzir a amplificação de ruídos intensos.

Família reunida à beira da água observando á distância um grande espetáculo de fogos de artifício no céu noturno.

Para as crianças, a recomendação é ainda mais rígida: elas não devem acender fogos em hipótese alguma, precisam assistir de longe, sempre acompanhadas, e devem utilizar proteção adequada para os ouvidos. Como possuem maior sensibilidade e menor percepção de risco, qualquer exposição inadequada pode resultar em acidentes graves.

O que fazer em caso de acidentes?

Em situações de queimaduras, a primeira medida é lavar a área atingida com água corrente para remover impurezas e aliviar o calor retido na pele. Em seguida, é importante aplicar compressas frias para reduzir o inchaço e amenizar a dor, evitando totalmente o uso de substâncias caseiras como pasta de dente, manteiga ou óleo, que podem agravar a lesão. E, após os primeiros cuidados, a pessoa deve procurar atendimento médico imediato, pois queimaduras causadas por fogos podem evoluir rapidamente e requerem avaliação profissional.

Ademais, no caso de suspeita de trauma acústico, a recomendação é afastar-se imediatamente da fonte do ruído e evitar qualquer nova exposição a sons intensos nas 24 a 48 horas seguintes. E, a consulta com um otorrinolaringologista deve ser realizada o quanto antes, já que o atendimento precoce aumenta significativamente as chances de evitar sequelas permanentes.

Como a Atenua Som pode ajudar?

Visto que o barulho dos fogos de artifício se propaga com rapidez e alcança longas distâncias, muitas pessoas que optam por permanecer em casa durante celebrações buscam formas de reduzir o impacto sonoro. Para esses casos, uma solução eficaz é investir em janelas e portas antirruído, que atuam como barreiras capazes de minimizar a entrada de sons intensos e proteger a saúde auditiva de toda a família.

Além de contribuírem para um ambiente interno mais silencioso e confortável, esses sistemas também ajudam a reduzir o estresse dos animais de estimação, que costumam sofrer intensamente nas épocas de fogo. Assim, quem não participa das comemorações pode garantir mais tranquilidade, segurança e bem-estar, mesmo durante períodos em que o uso de fogos é mais comum.

Janela basculante aberta para um céu azul limpo

Por fim, os fogos de artifício fazem parte da cultura brasileira, mas o seu uso não é isento de riscos. Eles podem causar acidentes graves, danos auditivos permanentes, sofrimento animal e prejuízos ambientais. Informar-se e adotar medidas de segurança é essencial para proteger a própria saúde, a da família e a dos animais.

E, para celebrar com segurança, considere opções que não envolvem explosões, como projeções digitais no céu, espetáculos de luz com drones e shows de laser. Essas alternativas reduzem danos ambientais, riscos físicos e impactos auditivos, fazendo com que celebre com responsabilidade.

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