Perda auditiva é mais comum em jovens do que em idosos. É Verdade?

Jovem com expressão atenta segura a mão próxima ao ouvido, simbolizando uma pessoa surda ou com deficiência auditiva.

A perda auditiva é um problema de saúde que atinge milhões de pessoas em todo o mundo e tem crescido de forma preocupante entre os jovens. Apesar de ainda ser muito associada ao envelhecimento, o avanço da tecnologia e a rotina de exposição a ruídos intensos têm alterado esse cenário. Sendo assim, é cada vez mais comum ver pessoas com menos de 35 anos apresentando sinais de perda auditiva precoce.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um bilhão de jovens no mundo estão em risco de desenvolver perda auditiva permanente por causa de práticas inseguras de escuta. O uso constante de fones de ouvido em volumes elevados e a permanência em ambientes muito barulhentos são os principais responsáveis por essa estatística alarmante.

Neste post, você vai entender por que a perda auditiva tem se tornado mais comum entre os jovens do que entre os idosos, quais são as causas mais frequentes e o que pode ser feito para prevenir e tratar o problema.

O que é perda auditiva?

A perda auditiva é a redução parcial ou total da capacidade de ouvir e pode afetar um ou ambos os ouvidos, suas causas são variadas e incluem fatores genéticos e a exposição constante a ruídos intensos. Em muitos casos, a condição é permanente, mas pode ser reversível quando está associada a problemas tratáveis, como o acúmulo de cerume ou infecções do ouvido.

 “A perda auditiva pode ter origem genética, pode ser causada pelo uso prolongado de fones de ouvido, por exposição a sons intensos no trabalho ou ser decorrente do envelhecimento”

Luciana Macedo de Resende, professora do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da UFMG

De maneira geral, a perda auditiva é classificada em três tipos: a condutiva, quando há algo impedindo que o som se propague adequadamente pelo canal auditivo; a neurossensorial, causada por danos nas células sensoriais da cóclea ou no nervo auditivo; e a mista, que combina características dos dois tipos anteriores.

Ademais, como já falamos, essa condição pode ser unilateral, quando afeta apenas um ouvido, ou bilateral, quando compromete ambos. A intensidade também varia de leve a profunda, conforme os resultados obtidos nos testes audiométricos, que são essenciais para determinar o diagnóstico e o tratamento adequado.

Por que a perda auditiva em jovens está aumentando?

O aumento da perda auditiva entre adolescentes e jovens adultos está diretamente relacionado aos hábitos modernos e à forma como a tecnologia é utilizada no dia a dia. O uso prolongado de fones de ouvido em volumes elevados, aliado à exposição constante a ruídos intensos em shows, festas ou ambientes urbanos, tem se tornado um dos maiores vilões da saúde auditiva.

Essa realidade é especialmente preocupante entre os adolescentes, pois o uso de fones de ouvido faz parte da rotina diária dessa faixa etária. Estima-se que mais da metade dos jovens em todo o mundo mantenham práticas auditivas inseguras, como ouvir música em volume alto por várias horas seguidas. O que, consequentemente, aumenta de forma expressiva o número de diagnósticos de perda auditiva precoce.

“Nessa faixa etária, as causas estão relacionadas à exposição a níveis elevados de pressão sonora. Atualmente, os hábitos recreacionais, como o uso de fones de ouvido com volume aumentado por tempo prolongado, são os “vilões” da saúde auditiva. Esses hábitos podem causar a “perda auditiva escondida”, que ainda não é visível no exame de audiometria, mas já se apresenta com redução de células ganglionares do nervo auditivo. […] Outras causas muito comuns de perda auditiva em jovens e adultos são de origem metabólica.”

Luciana Macedo de Resende, professora do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da UFMG

Além disso, é importante compreender que os danos causados pelo excesso de ruído são cumulativos. Quanto maior o tempo de exposição, mais significativas se tornam as lesões, e o risco de perda auditiva permanente cresce. Esse agravamento é potencializado pelo fato de que os sintomas iniciais costumam ser sutis e muitas vezes ignorados, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento adequado.

Ademais, entre os principais fatores de risco estão o uso constante de fones de ouvido, a presença em ambientes ruidosos e a convivência diária com sons urbanos intensos, como buzinas e obras. Contudo, outras causas também merecem atenção, como infecções recorrentes (por exemplo, otite média), doenças congênitas ou genéticas que comprometem o ouvido interno, uso de medicamentos ototóxicos e traumas cranianos ou acústicos provocados por impactos sonoros repentinos.

Conheça os principais sinais de perda auditiva em adolescentes e jovens adultos

Um dos maiores desafios na prevenção é o fato de que a perda auditiva, na maioria das vezes, se desenvolve de maneira lenta e quase imperceptível. Pois, os sintomas surgem gradualmente e podem ser confundidos com distração, fadiga ou até mesmo falta de atenção. Ou seja, essa evolução silenciosa faz com que muitas pessoas demorem a buscar ajuda médica, acreditando que a dificuldade em ouvir é algo passageiro ou resultado do ambiente.

Desse modo, reconhecer os primeiros sinais é, portanto, essencial para evitar danos permanentes. Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Dificuldade para compreender conversas em ambientes ruidosos;
  • Necessidade de aumentar o volume da TV ou do celular;
  • Sensação de ouvido tampado ou zumbido constante;
  • Cansaço e irritabilidade em situações sociais;
  • Dificuldade para identificar a origem de sons.
Mulher com dor no ouvido

Ademais, o zumbido é um dos sintomas mais frequentes de sobrecarga auditiva e costuma anteceder a perda permanente. Ignorar esse sinal de alerta pode agravar o quadro e comprometer a audição de forma irreversível.

Impactos da perda auditiva

A dificuldade de ouvir impacta profundamente diversos aspectos da vida, indo muito além da comunicação. Entre os jovens, essa condição pode gerar efeitos emocionais, cognitivos e sociais relevantes, refletindo diretamente no aprendizado, na memória e nas interações diárias. Além disso, com o tempo, o esforço constante para compreender sons e palavras tende a provocar cansaço mental, irritabilidade e insegurança em ambientes sociais e acadêmicos, contribuindo para o isolamento e a queda na autoestima.

Nos jovens adultos, a perda auditiva não tratada também interfere no desempenho profissional, especialmente em funções que exigem comunicação clara e constante. A dificuldade de acompanhar reuniões, atender clientes ou compreender instruções pode gerar frustração e comprometer a produtividade.

Ademais, pesquisas demonstram que a perda auditiva não tratada está associada a um declínio cognitivo mais acelerado, mesmo entre pessoas jovens. Isso ocorre porque o cérebro precisa dedicar mais energia para interpretar sons e falas, reduzindo sua capacidade de concentração e memória. Com o passar dos anos, esse esforço excessivo pode contribuir para o surgimento de quadros de deterioração cognitiva, como o Alzheimer.

Como prevenir a perda auditiva precoce?

Grande parte dos casos de perda auditiva é evitável com medidas simples, e a prevenção deve começar ainda na infância, estendendo-se ao longo de toda a vida. Mais do que adotar hábitos pontuais, é preciso compreender a importância da escuta consciente e da proteção auditiva no dia a dia.

Médico examinando o ouvido de uma paciente com otoscópio em consultório, representando a avaliação auditiva
  • Evitar a exposição prolongada a ruídos altos: Ambientes como shows, festas e locais de trabalho muito barulhentos exigem pausas estratégicas para que o ouvido possa se recuperar.
  • Usar protetores auriculares: eles reduzem a intensidade do som e protegem o ouvido interno sem comprometer a percepção sonora. Essa prática é indispensável em profissões que envolvem máquinas, música ou eventos de entretenimento, mas também pode ser útil em situações cotidianas de ruído elevado.
  • Controlar o volume dos fones de ouvido: os mantenha abaixo de 60% da capacidade total do dispositivo. Uma estratégia complementar é optar por fones com tecnologia de redução de ruído.
  • Não inserir objetos no ouvido: como cotonetes ou grampos, pois eles podem empurrar o cerume para dentro do canal auditivo ou causar ferimentos. A limpeza da orelha deve ser feita apenas na parte externa e, se houver acúmulo de cera, o ideal é procurar um especialista.

Ademais, também vale ressaltar a importância de manter um estilo de vida saudável. Uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas melhoram a circulação sanguínea, beneficiando diretamente o sistema auditivo. Além disso, o controle de doenças como diabetes e hipertensão ajuda a prevenir complicações que afetam a audição.

Por fim, recomenda-se realizar exames auditivos periodicamente, especialmente em pessoas expostas a ruídos intensos ou com histórico familiar de perda auditiva. A avaliação precoce permite detectar alterações sutis e iniciar o tratamento antes que o problema evolua.

Diagnóstico e tratamento

Compreender os sintomas iniciais é tão importante quanto buscar ajuda médica e realizar o diagnóstico adequado. Identificar precocemente os sinais permite agir rapidamente e evitar a progressão da perda auditiva. Ademais, o diagnóstico é feito por meio de exames audiométricos que avaliam a capacidade de escuta em diferentes frequências, garantindo uma análise precisa da audição. Entre os principais testes realizados estão:

“Assim que a pessoa percebe dificuldade em entender a fala e ouvir, deve procurar um otorrinolaringologista e realizar os exames audiológicos com um fonoaudiólogo. Caso seja confirmado o diagnóstico de perda permanente, o tratamento indicado é a adaptação de aparelhos de amplificação sonora individual (também conhecidos como próteses auditivas ou AASI) ou, em alguns casos, implante coclear.”

Luciana Macedo de Resende, professora do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da UFMG
  • Audiometria tonal: mede o menor volume que a pessoa consegue ouvir em diferentes tons.
  • Audiometria vocal: avalia a capacidade de compreender palavras faladas.
  • Imitanciometria: analisa o funcionamento do ouvido médio e a mobilidade do tímpano.

Uma vez identificada a perda auditiva, o tratamento varia conforme o tipo e o grau da condição. Casos leves podem ser tratados com mudanças de hábito e acompanhamento clínico. Já as perdas moderadas a severas podem exigir o uso de aparelhos auditivos ou, em situações mais graves, implantes cocleares.

A boa notícia é que, com o avanço da tecnologia, os aparelhos auditivos modernos são discretos, confortáveis e contam com recursos digitais que proporcionam uma audição muito mais natural.

O papel da Atenua Som na prevenção da saúde auditiva

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Quando uma pessoa se expõe constantemente ao barulho, o sistema auditivo é sobrecarregado, o que pode causar danos irreversíveis com o tempo. As soluções da Atenua Som, portanto, não apenas aumentam o conforto acústico, mas também desempenham um papel importante na proteção da saúde auditiva, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e bem-estar em casa ou no trabalho.

Janela de vidro com cortinas brancas abertas, permitindo a entrada da luz do sol, iluminando suavemente o ambiente interno.

Por fim, a perda auditiva entre os jovens é um problema crescente, mas evitável. Ao adotar práticas de escuta seguras, limitar o uso de fones e valorizar o acompanhamento médico preventivo, é possível preservar a saúde auditiva por toda a vida.

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