Como Proteger Sua Audição: Veja 9 Cuidados Importantes

Vivemos cercados por sons o tempo todo como notificações do celular, buzinas na rua, música alta no fone de ouvido, obras no bairro, entre tantos outros. Em meio a essa rotina barulhenta, muita gente se acostuma com o ruído e esquece que o ouvido é um órgão sensível, que precisa de cuidados para se manter saudável ao longo da vida. Por isso, adotar atitudes simples no dia a dia pode fazer toda a diferença quando o objetivo é preservar a audição.

Ao contrário do que muitos imaginam, os problemas auditivos não surgem apenas na velhice ou em quem trabalha com máquinas pesadas. Pequenos hábitos cotidianos, como ouvir música no volume máximo ou ignorar o uso de protetores auriculares, podem acelerar o desgaste auditivo e causar sintomas como zumbido, desconforto e até surdez precoce.

Qual o impacto do barulho para nossa audição

O barulho constante no ambiente em que vivemos pode parecer algo comum, mas seus efeitos vão muito além do incômodo. Ele afeta diretamente o sistema auditivo, sobrecarregando as estruturas internas responsáveis por captar e processar os sons. Com o tempo, essa exposição acumulada pode levar a perdas auditivas que se desenvolvem de forma lenta, sem sintomas claros no início.

Muita gente só percebe que está ouvindo menos quando começa a ter dificuldade para acompanhar conversas, assistir televisão ou lidar com sons mais sutis. Isso acontece porque o ouvido não avisa de forma imediata quando está sendo danificado. Por isso, o impacto do barulho é tão traiçoeiro: ele se instala aos poucos, mas com consequências duradouras.

Mais do que desconforto, o excesso de ruído compromete nossa qualidade de vida. Entender esse efeito é essencial para quem deseja manter a saúde auditiva por mais tempo.

#9 Controle o volume dos fones de ouvido

O uso constante de fones de ouvido é uma realidade no dia a dia, mas também um dos principais fatores de risco para a perda O uso prolongado de fones de ouvido se tornou hábito comum entre pessoas de todas as idades, especialmente com a popularização dos celulares e das plataformas de streaming. No entanto, essa prática, quando feita de forma inadequada, pode prejudicar seriamente a audição. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de jovens entre 12 e 35 anos correm risco de perda auditiva por escutar música em volumes excessivos.

“O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta o cuidado em saúde auditiva de forma integral e gratuita, com ações que vão desde promoção à saúde e prevenção de perdas de audição, passando por identificação precoce por meio do teste da orelhinha, até o diagnóstico em serviços especializados e reabilitação auditiva (próteses auditivas e terapias especializadas).”

Ministério da Saúde

Para evitar danos, é importante manter o volume abaixo de 60% da capacidade máxima e limitar o uso contínuo a no máximo uma hora por vez. Fones com cancelamento de ruído são muito úteis, pois reduzem a interferência de sons externos e evitam que o usuário aumente ainda mais o volume para compensar ambientes barulhentos.

Estudos reforçam essa preocupação. O Hospital das Clínicas de São Paulo identificou um crescimento expressivo no número de jovens entre 20 e 35 anos buscando atendimento por zumbido e desconforto auditivo. O principal fator relatado nesses casos foi o uso frequente e inadequado de fones de ouvido (Exame). Controlar o volume é, portanto, um gesto simples, mas com grande impacto para preservar a saúde auditiva.

#8 Evite ambientes barulhentos

Ambientes barulhentos fazem parte da vida urbana: trânsito intenso, obras, academias, bares e festas muitas vezes expõem nosso sistema auditivo a volumes prejudiciais. Ruídos acima de 85 decibéis, como o som de uma furadeira ou o tráfego pesado, já são considerados nocivos mesmo em exposições curtas.

Uma forma prática de reduzir esses impactos é buscar pausas sonoras ao longo do dia. Isso significa sair por alguns minutos de ambientes muito barulhentos e procurar momentos de silêncio absoluto para reequilibrar a audição. Essa prática é importante para quem vive em centros urbanos.

Estudos reforçam esse cuidado. A Universidade de Michigan identificou, por meio do Apple Hearing Study, que indivíduos que alternavam a exposição sonora com períodos de silêncio mantinham melhor sensibilidade auditiva do que aqueles expostos de forma contínua.

#7 Faça exames auditivos com frequência

Diferente da visão ou da pressão arterial, a audição é um dos sentidos que mais se deterioram de forma silenciosa. Pequenas perdas auditivas muitas vezes passam despercebidas por anos, até se tornarem perceptíveis em situações como conversas em grupo, dificuldade para ouvir no telefone ou incômodo com sons agudos. Por isso, é essencial realizar exames auditivos de forma preventiva, mesmo quando não há queixas evidentes.

“Assim como fazemos o acompanhamento e check-up da saúde geral, como a prevenção de problemas da visão e exames de sangue, por exemplo, é fundamental que monitoremos a saúde auditiva”

afirma a fonoaudióloga Sabrina Figueiredo do Hospital Paulista

Esses exames ajudam a detectar não apenas perdas auditivas precoces, mas também outras condições como obstruções por cerúmen, infecções ou alterações no ouvido médio. Pessoas com histórico familiar de perda auditiva, doenças como diabetes ou hipertensão, e aquelas que trabalham com exposição constante a sons intensos devem manter um acompanhamento ainda mais frequente. Exames regulares permitem intervenções mais eficazes e a prevenção de agravamentos.

Um exemplo ilustrativo vem de um estudo da Universidade de São Paulo, que avaliou mais de 300 motoristas de ônibus aposentados. A pesquisa revelou que 60% apresentavam algum grau de perda auditiva, muitas vezes sem nunca terem feito exames ao longo da carreira.

#6 Evite colocar objetos nos ouvidos

Colocar objetos nos ouvidos, mesmo com a intenção de limpá-los, é um hábito perigoso e ainda muito comum. Hastes flexíveis, grampos, tampas de caneta e até os próprios dedos podem causar lesões internas, empurrar a cera para o fundo do canal auditivo e provocar inflamações ou perfurações no tímpano. Esse comportamento está entre os principais fatores de risco para infecções e obstruções que afetam a audição.

O ouvido possui um mecanismo natural de autolimpeza. O cerúmen protege contra poeira, microrganismos e até insetos, sendo expelido gradualmente para fora do canal auditivo. Quando esse processo é interrompido por objetos, o acúmulo pode causar sensação de ouvido entupido, dor e até perda auditiva temporária.

Casos de otite externa causados por práticas inadequadas de limpeza são comuns em prontos-socorros e consultórios otorrinolaringológicos, principalmente em épocas de clima seco ou frio. A orientação dos especialistas é clara: a limpeza deve se restringir à parte externa da orelha, com toalha ou gaze. Se houver acúmulo de cera ou incômodo persistente, é fundamental procurar um profissional, em vez de tentar resolver por conta própria.

#5 Alimente-se bem e beba bastante água

Embora pouco se fale sobre isso, uma alimentação equilibrada e a hidratação constante desempenham um papel importante na manutenção das funções do ouvido interno. As células auditivas, assim como as demais estruturas sensoriais, dependem de uma boa oxigenação e circulação sanguínea, fatores diretamente influenciados por aquilo que comemos e bebemos.

Nutrientes com ação antioxidante, como as vitaminas A, C e E, além de zinco, magnésio e ômega-3, ajudam a proteger as células do ouvido contra inflamações e danos relacionados ao envelhecimento. Frutas cítricas, vegetais verde-escuros, castanhas e peixes gordurosos, como sardinha e salmão, são boas escolhas para quem deseja manter a audição em dia.

A hidratação também merece atenção: a redução na ingestão de água pode afetar o equilíbrio dos líquidos presentes no ouvido interno, provocando sensações como tontura, zumbido ou pressão auditiva. Trocar bebidas industrializadas por água, chás naturais ou sucos sem açúcar é um passo simples e eficaz.

#4 Cuide do seu emocional: o estresse também afeta a audição

A saúde emocional tem um impacto direto na nossa saúde, isso inclui a nossa saúde auditiva. Situações de estresse prolongado ou crises de ansiedade podem desencadear ou intensificar sintomas como zumbido, hipersensibilidade a sons e até sensação de ouvido tapado. Esses efeitos estão ligados à liberação excessiva de hormônios como o cortisol, que altera o fluxo sanguíneo e afeta a oxigenação das células auditivas.

Profissionais que atuam sob forte pressão, como professores, agentes de atendimento e profissionais da saúde, são mais propensos a apresentar esses sintomas. Durante a pandemia, por exemplo, o número de jovens adultos relatando zumbido aumentou significativamente. Um estudo publicado no International Journal of Audiology revelou que pessoas expostas a níveis elevados de estresse têm 33% mais chances de desenvolver perda auditiva súbita.

Para minimizar os impactos, é importante adotar estratégias simples de autocuidado, como pausas durante o expediente, momentos de silêncio absoluto, caminhadas ao ar livre ou técnicas de respiração e meditação.

#3 Mantenha a vacinação em dia

Embora nem sempre esteja no centro das discussões sobre saúde auditiva, a vacinação exerce um papel fundamental na prevenção de complicações que podem levar à perda de audição. Diversas infecções preveníveis por vacinas afetam diretamente o sistema auditivo, e algumas delas estão entre as principais causas de surdez adquirida, principalmente na infância.

Entre as vacinas que oferecem proteção contra quadros com potencial de comprometer a audição, estão:

• Vacina contra meningite (meningocócica C e ACWY) – previne uma das principais causas de surdez neurossensorial em crianças e adolescentes.
• Vacina contra sarampo – evita complicações como otite média e inflamações no ouvido interno.
• Vacina contra caxumba – protege contra inflamações que podem atingir o nervo auditivo.
• Vacina contra rubéola – reduz o risco de surdez congênita, ainda mais quando a infecção ocorre durante a gestação.
• Vacina contra gripe (influenza) – previne otites e outras complicações comuns em idosos e imunossuprimidos.

Um estudo publicado na Revista de Saúde Pública mostrou que 14,6% das crianças diagnosticadas com meningite bacteriana apresentaram algum grau de perda auditiva, muitas vezes bilateral. Esse dado reforça que manter a vacinação em dia não é apenas uma medida de proteção coletiva, mas também uma estratégia essencial para preservar a audição desde os primeiros anos de vida.

#2 Use sons relaxantes ou músicas suaves no dia a dia

Ao contrário do que muitos pensam, o silêncio absoluto não é a única forma de proteger a audição. Alguns sons, quando usados com consciência, podem ajudar a reduzir o estresse, melhorar o foco e até suavizar sintomas como o zumbido. Sons relaxantes e músicas suaves têm o poder de regular o sistema nervoso e criar um ambiente auditivo mais equilibrado — algo extremamente útil em rotinas agitadas ou em locais com ruídos frequentes.

Entre os sons mais indicados para favorecer o bem-estar auditivo e mental, estão:

• Ruído branco – semelhante ao som de um ventilador ou da televisão fora do ar, ajuda a mascarar sons agressivos.
• Sons da natureza – como chuva, ondas do mar ou canto de pássaros, ideais para relaxar ou meditar.
• Música instrumental suave – lo-fi, clássica ou ambiental, estimula a concentração sem sobrecarregar o ouvido.
• Ruído rosa – mais suave que o branco, indicado para o sono e controle do estresse.
• Trilhas sonoras minimalistas – com volume estável e sem picos de intensidade.

A Frontiers in Psychology publicou um estudo mostrando que apenas 15 minutos diários de exposição a sons naturais reduziram significativamente os níveis de estresse em participantes submetidos a ambientes ruidosos. Incorporar esse tipo de som na rotina é uma forma simples de dar descanso ao ouvido, estimular o equilíbrio sensorial e melhorar a saúde auditiva de forma preventiva.

#1 Instale janelas e portas antirruído

Mesmo com todos os cuidados diários, viver ou trabalhar em um ambiente barulhento pode anular parte dos esforços para manter a saúde auditiva em dia. Ruídos vindos do trânsito, de construções próximas ou até de vizinhos interferem no descanso, na produtividade e, quando persistentes, representam risco real de perda auditiva ao longo do tempo.

Uma solução eficaz para esse problema está nas janelas e portas com isolamento acústico. Esses sistemas são desenvolvidos para reduzir drasticamente a entrada de sons externos, criando uma barreira física contra o ruído. O ambiente se torna mais silencioso, favorecendo o foco, o relaxamento e a sensação de bem-estar no dia a dia. Em vez de competir com os sons da rua aumentando o volume da TV ou dos fones, a proteção acústica cria um espaço onde o silêncio passa a ser natural.

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Cuidar da audição é uma atitude preventiva que começa nos detalhes. Pequenos hábitos diários, como reduzir o barulho e manter o emocional equilibrado, podem evitar problemas sérios no futuro.

Para quem convive com ruídos constantes, soluções como as da AtenuaSom oferecem o conforto e a proteção que a saúde auditiva precisa. Mais silêncio no ambiente é também mais bem-estar para o corpo e a mente.

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